Hoje comemoramos o dia do trabalhador – e não o dia do trabalho -, uma data marcada por lutas sociais que emergem da situação pela qual passam os trabalhadores do mundo, situados num sistema onde sua produção enriquece o patrão, e apenas uma ínfima parte do seu esforço mensal é revestida a seu interesse.
O capitalismo pode ter mudado no decorrer do tempo, tornou-se mais maleável, a situação do proletário hoje não é a mesma daquela vista durante a emergência da revolução industrial. Entretanto, a máxima do parágrafo anterior continua a valer sem qualquer alteração.
Apesar da imutabilidade do cerne do sistema capitalista, a grande parte dos trabalhadores hoje pouco fazem o enfrentamento político/social de importância histórica do movimento operário. Ao contrário, o que vemos hoje são os sindicatos atrelados aos governos, aos partidos ou aos patrões, alienando os demais trabalhadores através da cooptação das lideranças sindicais. A maior “manifestação” dos operários no dia do trabalhador, hoje, tem seu auge nas grandes festas e bingos das centrais sindicais na Av. Paulista.
É neste contexto que o curta animado “Maio, nosso Maio“, produzido pelo farid da gunga (grupo que trabalha a produção nos ideais da economia solidária), vem em boa hora. O curta, todo produzido utilizando software livre, rememora a importância histórica do movimento operário, o que significa o dia do trabalhador, como ele surgiu.
Ao fazer isto, o video apresenta o grande distanciamento que é parte do movimento operário hoje e o que ele significou/representou em seu nascimento.
Sem mais delongas, curtam bastante o curta:
Maio, Nosso Maio from farid on Vimeo.
Feita com Software Livre e em um processo coletivo, a animação “Maio Nosso Maio” apresenta de forma leve e compromissada uma leitura histórica que resgata o sentido original do Dia dos Trabalhadores.
Para quem estiver mais interessado no tema, sugiro também o texto do meu amigo Salathyel, postado aqui anos atrás: Dia do Trabalho Não! Dia do Trabalhador!