Pular para o conteúdo

Zeebo – ou idéias alternativas para um Video Game fazer sucesso

Ví ontem no BR-Linux uma chamada sobre o lançamento do video game brasileiro Zeebo, uma parceria entre Tectoy e diversas outras empresas.

O aparelho tem algumas características bem peculiares: trará conexão 3G direta (e gratuita, segundo a propaganda oficial); os jogos serão vendidos pela rede (ZeeboNet 3G), onde o usuário comprará créditos (Z-Credits) e poderá baixar os games; e os jogos terão opção do idioma em português.

O hardware do console é, de longe, muito atrasado se comparado aos da atual geração de video games. Os gráficos lembram mais jogos do PSONE. O preço talvez também não seja dos melhores (R$ 599!!!) apesar dos jogos variarem entre R$15, R$30 reais.

Apesar dessas desvantagens, vejo que o Zeebo pode aproveitar suas características de conexão e transformar-se numa plataforma vencedora. Não que acredite que ela irá desbancar o PlayStation 3 ou o Wii, mas o console poderá encontrar o seu nicho e conseguir uma boa base de usuários e adeptos. Vou lançar duas idéias:

a) A conexão 3G grátis poderá criar uma comunidade grande de jogadores virtuais, que comprarão mais jogos e, acredito, mais video games. Bons títulos para o console poderão criar essas comunidades naturalmente: um FPS como o Counter Strike, e um bom MMORPG apenas aumentarão o número de pessoas querendo participar dessa grande comunidade de jogadores ao redor do Zeebo – o que significa mais consoles vendidos. Vale lembrar que a cobrança de uma taxa para jogar online tem todo o potencial de destruir o sucesso do console nessa área;

b) Disponibilizar um SDK para desenvolvimento de jogos por desenvolvedores de todos os tipos. Isso poderia alavancar o desenvolvimento de jogos no país, fazendo surgir várias empresas no ramo. Esses desenvolvedores poderiam fazer suas criações e disponibilizá-las na loja virtual de jogos do Zeebo. Talvez fazer um SDK seja muito caro, mas liberar um Kit de desenvolvimento mínimo já seria interessante. Nem que fosse apenas apontando, tipo “o console é compatível com OpenGL, C++ e Java”. Essa é uma idéia vencedora na Apple, e tem a força de trazer mais desenvolvedores, aumentar o número de aplicativos na plataforma e ainda fortalecer a economia local. E vender mais consoles!

c) Permitir que o video game possa navegar livremente pela Internet também será uma qualidade ao Zeebo. Ele poderia ser vendido com essa caracterítica a mais, agregando valor ao produto, que passa a ser não um console de jogos, mas uma plataforma de conexão à rede. Nessa categoria somaria-se também a possibilidade dele exibir filmes digitais e tocar mp3;

Conhecendo o Zeebo (Retirado da UOL)

Em suma, são algumas idéias para o pessoal do Zeebo. Já vimos na história dos consoles de video game plataformas que, em suas gerações, não eram as melhores em termo de hardware, mas conseguiram fazer bastante sucesso em número de vendas e jogadores (foi assim na era 16bits, na luta entre SNES e Mega Drive; vimos novamente quando o PlayStation e seus 32bits venceram o Nintendo 64).

Particularmente, acredito que o Zeebo tem um potencial para tornar-se uma plataforma de jogos de sucesso aqui no Brasil. Principalmente agora que a Sony não lançará a família PS no país.

E quero Capoeira Legends: Path to Freedom nele!

Marcações:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *