Em participação na conferência Brainstorm Tech, promovida pela revista Fortune, o professor de Stanford e fundador do Creative Commons Lawrence Lessig afirmou que haverá um ataque ciberterrorista proporcional ao 11 de setembro e que, de acordo com o especialista em contraterrorismo Richard Clarke, os Estados Unidos já teriam traçado um plano similar ao USA Patriot Act voltado para a restrição radical dos direitos dos usuários da Internet.
O ataque que desencadearia (e justificaria) a resposta do governo norte-americano poderia acontecer na forma de um grande ataque de vírus na web, o hackeamento do sistema de segurança ou transporte de alguma grande cidade, ou a combinação de todas essas possibilidades.
O vídeo da participação de Lessig na conferência Brainstorm Tech pode ser encontrado nesta matéria publicada em 5 de agosto no site InfoWars.net. Abaixo, a tradução de um trecho de sua fala, realizada por Cardoso e Alexandre Matias:
“Vamos assistir a um i-9/11. O que não necessariamente quer dizer que seja um ataque da Al-Qaeda. Significa que teremos um evento em que a instabilidade ou a insegurança da internet se tornará clara durante uma situação mal intencionada, que inspirará uma resposta do governo norte-americano. Vocês se lembram do Patriot Act, que foi cogitado logo após os ataques de 11 de setembro e que foi aprovado em menos de 20 dias.
O Patriot Act é enorme e eu lembro de perguntar a um oficial do departamento de justiça como que eles escreveram uma série de leis tão rapidamente e a resposta foi que ele já estava pronto na gaveta do departamento de justiça nos últimos 20 anos, esperando só o momento certo para ser sacado e colocado em prática.
Claro que o Patriot Act é cheio de várias maluquices sobre se os nossos direitos civis estão ou não protegidos e sugestões de mudanças. Então outro dia jantei com Richard Clarke e o perguntei se existiria um equivalente, um Patriot Act digital, prontinho para ser usado caso um evento de grandes proporções aconteça. Uma série de leis que transformaria radicalmente a forma como a internet funciona. E ele disse: ’claro que há’”.
Fonte: a2kBrasil