Espera-se que o avanço das interfaces humano-computador, e o uso de realidade aumentada, poderá nos possibilitar experiências, sensações e relações com a realidade “convencional” de uma forma apenas imaginadas nas páginas da literatura cyberpunk – ou além delas.
Hoje saiu uma matéria sobre uma cyber cloth produzida pelo sueco Magnusson. Segue uma parte do texto original do G1.
“O “ciborgue” de Magnusson utiliza um par de óculos com tela integrada, conectada um pequeno computador feito em casa. Um pequeno teclado serve para inserir dados. O sistema operacional escolhido foi o Linux. Sem fios, via bluetooth, a máquina é ligada a um iPhone, que serve para ligar o computador à internet. O sistema fica guardado em alça de bolsa do tipo carteiro, pendurada no ombro do usuário.
A ideia surgiu quando Magnusson identificou limitações dos computadores tradicionais. “O computador é uma janela para o mundo virtual”, afirma Magnusson em seu blog. “Mas assim que eu me levanto e me afasto da máquina, a janela fecha e fico limitado à realidade física. Minha máquina permite que essa janela siga aberta, o tempo todo”, acredita.
A máquina de Magnusson é fruto de um conceito plantado nos primórdios da computação moderna. Quando o pesquisador americano Douglas Engelbart apresentou, no final dos anos 60, o primeiro mouse e o primeiro sistema com um ambiente gráfico, já se discutia a chamada ampliação do intelecto humano por meio de computadores. O homem do futuro, afirmava Engelbart, iria terceirizar para as máquinas funções que até então dependiam apenas do cérebro.
“Não preciso mais memorizar minha lista de coisas a fazer e minha agenda para um determinado dia. Elas ficam expostas o tempo todo no canto do meu olho”, conta o pesquisador sueco.”
Interessante.
Acho interessante também essa ideia de conectar suas percepções à outra realidade (no caso, o ciberespaço, internet) enquanto se está caminhando nas ruas, normalmente. Poeticamente, lembra a sensação lisérgica de algumas drogas.