Um pouco de história: Relato do minicurso de Cultura Livre no Piauí – novembro de 2006

“Olá, amigos. Venho através desta descrever como foi a experiência de ministrar um mini-curso sobre Cultura Livre aqui no Piauí.

Aconteceu de 27/11 a 01/12 a X Semana de Filosofia da UFPI (Universidade Federal do Piauí), e nela ministramos o minicurso aberto de Cultura Livre, que teve como dependências a praça de filosofia da UFPI. Por ser uma metodologia nova, o minicurso aberto teve poucos interessados no primeiro dia, quadro que mudou no resto da semana com a assiduidade dos alunos não escritos, mostrando assim o interesse da comunidade
universitária pelo tema.

Passamos aos participantes do minicurso o que é Cultura Livre, sua história e onde pode ser aplicada, o que renderam ótimas discussões. Foram apresentadas várias licenças, sendo que a mais debatida foi o conjunto das licenças Creative Commons. Alguns participantes se prontificaram a disponibilizar suas monografias e pesquisas sob uma licença Creative Commons.

Além dela, outra licença abordada foi a GPL, quando falamos da importância do movimento do software livre para a Cultura Livre. Também foi falado sobre a FDL, e a forma como é usada hoje, principalmente pela enciclopédia aberta Wikipedia.

Outra característica interessante da experiência com esse minicurso foi a constante discussão sobre como a tecnologia atualmente permite um florescimento forte desse tipo de liberdade na cultura. Debates sobre como os artistas poderíam “ganhar dinheiro” com essa atitude, como seria o futuro da produção cultural sob essa idéia e até a preocupação com a inclusão digital para fazer com que o conhecimento estivesse realmente ao alcance de todos foram debatidas durante o evento.

O que achamos que ficou a desejar ao minicurso foi material. Infelizmente, não conseguímos terminar uma apostila que estávamos escrevendo a tempo para a semana. Outra falha também foi a falta de conteúdo multimídia, como algum filme explicativo. Vale dizer que durante o minicurso, foi colocado os dois cd’s do Mombojó, como “música de fundo”, dando assim exemplo de uma banda que disponibiliza sua obra sob uma licença livre.

Gostaríamos de, com esse relatório, espalhar a comunidade como um todo como foi a experiência de passar ao corpo universitário as discussões sob a Cultura Livre, e assim servir de exemplo a outros que também acreditam nessa filosofia. Também gostaríamos de pedir a aqueles que acharem interessante ajudar contribuindo com material de qualquer tipo sob o assunto, que ficaríamos bastante felizes em receber, pois temos planos para colocar realmente a Cultura Livre como um foco de debate na sociedade como um todo.

Filipe de Oliveira Saraiva – graduando em Ciências da Computação