O desenvolvimento das tecnologias multimidias de comunicação que se utilizam da Internet, permitiram a pessoas em diferentes partes do mundo produzir, a um custo consideravelmente baixo comparado com os meios usuais de comunicação, textos, imagens e videos que dispostos online conseguem atingir um número muito grande de pessoas.
Essa rede de midiativistas consegue apresentar o que acontece in loco na sua região. Onde normalmente a imprensa convencional não conseguiria estar, lá um internauta, uma figura mescla de produtor e consumidor de informação, consegue repassar os fatos como ocorrem, a partir de sua experiência pessoal, sem mediação.
Assim, governos autoritários, tanto os ditos democráticos quanto os ditatoriais, tem as víceras de seu sistema apresentadas ao mundo, de forma crua. Suas contradições, os sofrimentos, as perseguições… tudo isto poderá estar na web poucos minutos após o acontecimento, com imagens e videos documentais.
Quando os governos e empresas percebem isso, cria-se uma busca pela transposição do estado policial ao ciberespaço. Com cada vez mais pessoas entendendo e se apropriando do uso dessas ferramentas, mais estas instituições entram em cheque, com a possibilidade de ter seu porão escancarado para o mundo. O esqueleto saindo do guarda-roupa, internet-isionado.
Não é de se estranhar a articulação de governos ao redor do mundo para aprovarem leis que, na prática, impõem a censura às ações do internauta na rede.
Por isso, é bom que todos saibam: não adiantará estas leis ante a mudança de paradigma que já está instalada na sociedade. O Ciberespaço é nosso lar e já está declarado independente!