1º de maio: Chega de Representantes!

Acho que já chega dos trabalhadores e trabalhadoras olharem os sindicatos e centrais sindicais como elementos de representação de classe que contribua com algo para um modelo de sociedade mais humano, mais solidário.

A julgar pela crise que o sistema enfrenta, com várias pessoas demitidas em vários países, as centrais sindicais brasileiras parecem que vivem em um mar de rosas, com tudo indo muito bem obrigado. Churrasco pra lá, cerveja pra cá, sorteio de prêmios, músicos da moda alienando os trabalhadores em uma diversão vazia, sem um posicionamento crítico sobre o momento pelo qual passa a sociedade.

Vale a olhada na festa da Força Sindical. Ela serve apenas para que a central consiga a adesão de mais sindicatos, que contribuirão com mais dinheiro através do “imposto sindical”. Para isso, vale mais colocar os trabalhadores para se divertir com o KLB do que fazer uma discussão sobre a precarização do trabalho durante a crise.

Enquanto isso, na Alemanha, os trabalhadores junto com os estudantes vão as ruas enfrentar a polícia, aparelho opressor legítimo do Estado.

Sim, mas como você pode comparar Brasil e Alemanha? São realidades bem diferentes! – Se você pensou isso, acredito que concordo contigo. Porém, não devemos ficar achando que não temos nada do que reclamar, que aqui está tudo bem, e vamos assistir, de boa, ao espetáculo.

Os oprimidos tem que partir para uma atitude de maior impacto, trazer a Ação Direta para a ordem do dia. Não vamos ficar esperando as centrais sindicais, pois elas estão aí exatamente para frear o ímpeto dos trabalhadores e barganhar influência política sobre o título de nossos representantes.

Por tanto, chega de representantes! Eles estão aí apenas para fortalecer o modelo social vigente e alienar os trabalhadores!