Há alguns(muitos) anos atrás eu era um inveterado fã de vídeo games. E veja bem, quando digo fã entenda como um jogador hardcore que ficava horas frente à TV tentando zerar e descobrir todos os segredos de complicados jogos do SNES e Playstation. Inclusive, tenho dica que eu mesmo descobri publicada em revista de vídeo-game. Eram bons tempos. Ainda hoje eu jogo bem, mas estou afastado do mundo dos games.
Entretanto, após assistir Indie Game: The Movie, documentário sobre os criadores independentes de jogos, diversas peças da minha relação com essa forma de arte/cultura se juntaram em minha mente.
Compramos um Nintendo Wii ano passado e minha maior diversão foi hackeá-lo para instalar um emulador de SNES nele. Eu jogo mais jogos de Super Nintendo no Wii do que jogos do Wii propriamente. Além disso, um dos últimos jogos que mais me divertiram foi o Cave Story, um indie game tipo 8-bits com ação side-scroll e de história cativante, com suporte legal no Linux. Já escrevi sobre ele em um post de 2008.
Percebi assistindo Indie Game: The Movie que me distanciei dos jogos eletrônicos porque não acompanhei o desenvolvimento da indústria dos jogos. Esses jogos com ação desenfreada 3D e coisas do tipo não me agradam. Não estou dizendo que “os jogos antes eram melhores”, nada disso. É apenas questão de gosto pessoal mesmo. Adorava jogar Megaman X, Castlevania, Donkey Kong, RPGs como Xenogears, Grandia, etc. Tentei jogar Call of Duty, Halo, Devil May Cry, God of War, e outros, mas nenhum me cativou. Um jogo que me diverti bastante no Wii foi exatamente o remake de Donkey Kong Country, o Donkey Kong Country Return! =D
Assistir ao documentário me fez querer conhecer o universo dos jogos independentes, talvez numa tentativa de reencontrar aquilo que mais gostava nos games e que hoje não vejo mais por aí.