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Seminário Latino-Americano de Comunicação – as Rádios Comunitárias

Aconteceu entre os dias 24 e 26 de julho, em Teresina, Piauí, o seminário que discutiu os rumos e políticas públicas para a comunicação via radiodifusão no estado.

Participei das discussões com a posição de defensor da democratização do acesso e uso dos meios de criação da comunicação por todos. Acredito que a principal importância do encontro foi o momento de diálogo construído entre os movimentos sociais e o pessoal das rádios comunitárias – estes, verdadeiros guerreiros e guerreiras, que sentem na pele a repressão de se trabalhar a margem das leis em nosso país.

Essas pessoas utilizam a rádio como instrumento de desenvolvimento local, seja de uma comunidade, um bairro ou uma pequena cidade. São veículos de comunicação que não se utilizam de propaganda, é administrado pela comunidade, e sua programação é construída de acordo com os anseios dos ouvintes. É uma rádio-livre.

Infelizmente, não existe uma regulamentação que permita que essas rádios possam exercer sua função de inclusão social, sem passar por problemas com a justiça. Os grandes meios de comunicação as tratam como “rádios piratas” e, por conta disso, vivem na clandestinidade para não serem fechadas.

Espero que mais encontros assim aconteçam, e que eles se espalhem pelo país. Temos que construir uma política de comunicação inclusiva e socialmente referenciável.

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