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Seminário na UNICAMP: “Tecnologias livres para o futuro”

Amanhã teremos um seminário legal reunindo uma galera legal discutindo um tema legal e espinhoso.

Quem não puder ir na Unicamp, vai ter transmissão via stream.

Esperamos vocês heim!

Tecnologias livres para o futuro

Depois de anos de lutas e sucessos, as tecnologias livres, especialmente o movimento software livre, vivem um momento singular. Em paralelo à crescente adoção por pessoas, governos, empresas e coletivos, surge um sentimento de que o próprio movimento está morrendo, diluído em estratégias corporativas, utopias sobre a comunicação em rede, dispositivos móveis e novas travas tecnológicas. A proposta desse debate é reunir pesquisadores interessados em aspectos técnicos, sociais, políticos, comportamentais e produtivos das tecnologias livres e, a partir de investigações sobre a história, as ideias e prática dessas tecnologias, buscar traçar questões e princípios que orientem reflexões sobre cenários futuros. Por que caminhos os movimentos em torno de tecnologias livres devem orientar suas lutas cotidianas de modo a fortalecer a igualdade de oportunidades, a colaboração e a justiça que fundamentam esses movimentos? A estrutura do evento privilegiará a conversa e a livre troca de ideias, com falas curtas de alguns participantes seguidas de um debate aberto.

Local: Labjor – Unicamp

Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17h

Manhã

Rafael Evangelista: As ideologias free e open: a questão da igualdade

Miguel Said Vieira: Governança, estratégias e conflitos de interesse

A apresentação tratará de questões ligadas a governança e conflitos de interesse (entre empresas e usuários caseiros) em dois casos de software livre: o Android (e sua relação com as estratégias comerciais da Google); e os patches “ck” do kernel.

Filipe Saraiva: Software Livre – Tensões entre Movimento e Mercado

Discussão sobre as contradições de um movimento apropriado tanto por coletivos de ativistas sociais quanto por grandes empresas. A exposição se baseará principalmente na ideia da diluição de alguns aspectos ideológicos do movimento com o crescente número de usuários de software livre, e a relação entre empresas e software livre. Em seguida serão comentados alguns desafios do movimento, com foco principal na computação ubíqua.

Bruno Buys: O Movimento Software Livre no Brasil morreu? Que desafios se colocam no presente e o que podemos inferir para o futuro?

Tarde

Aracele Torres: Como a indústria do software adotou o padrão de código fechado

Uma breve história da indústria do software e como foi seu processo de inclusão no circuito de propriedade intelectual e o papel do Projeto GNU em se contrapor a isso. A ideia aqui seria discutir um pouco dessas tensões entre as demandas do mercado e as demandas sociais por acesso ao conhecimento.

Tiago Chagas Soares: Política e comunidade na emergência da Cibercultura

Um breve ensaio sobre algumas das proposições políticas e comunitárias presentes na emergência da Cibercultura. Como as noções de comunidade e autonomia individual na Cibercultura  entrelaçariam distintos vetores do pensamento político e cultural? – e como isso se manifestaria em conflitos intra e entre correntes ciberculturais? Neste debate, traremos à discussão o Forum Internacional de Software Livre (Fisl) como espaço a ilustrar esse panorama de pensamentos diversos, bem como seus componentes.

Fabrício Solagna: (vídeo) Movimento software livre, Propriedade Intelectual e direitos de internet

A exposição pretende trazer os conceitos de Kelty e Coleman sobre o movimento software livre global. Para analisar o caso brasileiro é usado Shaw e seu conceito de insurgent expertise relacionando a sua interface com a mobilização em torno do Marco Civil da Internet. O objetivo é discutir questões peculiares do Brasil onde a ascensão de quadros envolvidos com o movimento software livre dentro do Estado trazem uma nova agenda do software livre.

Vídeo

Essa atividade foi filmada e disponibilizada no Youtube. Houveram alguns problemas com a preparação da gravação e tal, mas dá pra acompanhar tranquilo e ficar por dentro do que rolou.

2 comentários em “Seminário na UNICAMP: “Tecnologias livres para o futuro””

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